A equipe econômica do Governo Federal manifestou preocupação com o componente de benefícios fiscais. Por isso, iniciou um processo de reavaliação para determinar quais subsídios estão causando a perda de receita.
O objetivo do Ministério da Economia é reavaliar todos os 150 benefícios fiscais, incluindo custos tributários, apoio financeiro e créditos dentro de cinco anos. Até agora, 40 benefícios foram testados.
A análise dos benefícios fiscais é viabilizada com o apoio do Conselho de Acompanhamento e Avaliação de Políticas Públicas (CMAP), vinculado à Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loterias do Ministério da Economia.

Essa medida representa um dos objetivos do governo Bolsonaro, recentemente destacado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
Há poucos dias, o chefe do gabinete econômico falava em reduzir os benefícios fiscais de 4% para 2%, aproximadamente, do Produto Interno Bruto (PIB).
A razão é que tal mudança poderá promover o desenvolvimento das contas públicas, favorecer a redução dos lucros e aumentar o nível de emprego na economia do país.
No entanto, as alterações definitivas ou o desaparecimento dos benefícios fiscais devem ser submetidos ao parecer final do Congresso Nacional para serem legais.
Segundo o economista e analista do Senado Federal, Leonardo Ribeiro, as políticas públicas precisam ser avaliadas para que a população possa entender quais serão os custos e benefícios.
Segundo ele, essa estimativa conhecida como “revisão de gastos” é muito importante por causa da conexão com o orçamento anual.
Dessa forma, tanto o Governo Federal quanto o Congresso Nacional terão a oportunidade de abrir espaço financeiro nas contas públicas para priorizar os gastos.
Tudo isto, “dentro de uma discussão democrática, de um processo transparente, pode ser revisto, melhorado ou encerrado”, disse.
Leia também:
- Liberado! Empréstimo Consignado do Auxílio Brasil
- Empréstimo Consignado: O que é e como solicitar em 2022
- Projeto libera salário em dobro para conta de aposentados
Um exemplo é a proposta de Orçamento para 2023, submetida ao Congresso Nacional no final de agosto. O documento contempla R$ 368,9 bilhões em benefícios fiscais, o que corresponde a 4% do PIB brasileiro.
O valor inclui custos tributários, reduções fiscais concedidas como compensação ou incentivos aos setores econômicos do país.
Em termos de benefícios, o projeto prevê a manutenção das reduções de impostos governamentais sobre combustíveis, a partir de 2022. A isenção fiscal estimada somente para este artigo é de R$ 52,9 bilhões.
Benefícios fiscais a rever
- Simples Nacional;
- Dedução de despesas médicas do IRPF;
- Subsídio salarial;
- Benefício de IRPF para maiores de 65 anos;
- Minha casa, minha vida;
- Apoio à alimentação escolar;
- Rede Federal de Universidades.
Leave a Reply